quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Direitos Humanos e Diversidades

Com o intuito de capacitar os professores da rede pública estadual para atuar no combate ao preconceito e à intolerância no contexto escolar, o Instituto Anísio Teixeira - IAT promove o Curso Direitos Humanos e Diversidades. A capacitação será modular e tratará de questões relativas à orientação sexual, direitos humanos, gênero, diversidade cultural e étnica.


Estou participando como cursista, está sendo muito bom principalmente para encontrar pessoas.Algumas fotos da vivência que realizei com meus colegas e as professores Telma e Nívia, abraços queridas!










X Fórum de Leitura do Educandário Juvêncio Terra

 (do “Guardador de Rebanhos” – Alberto Caeiro)
Passa uma borboleta por diante de mim
E pela primeira vez no Universo eu reparo
Que as borboletas não têm cor nem movimento,
Assim como as flores não têm perfume nem cor.
A cor é que tem cor nas asas da borboleta,
No movimento da borboleta o movimento é que se move,
O perfume é que tem perfume no perfume da flor.
A borboleta é apenas borboletaE a flor é apenas flor.





De 18 a 21 de setembro aconteceu no Educandário Juvêncio Terra, em Vitória da Conquista, o X Fórum de Leitura. O evento envolveu alunos, professores, pais e comunidade em geral. Várias atividades foram realizadas, como oficinas, apresentações culturais e teatrais, dentre outras. O objetivo da iniciativa é despertar e estabelecer relações dos estudantes com a leitura. O evento, que chega a sua décima edição, é uma dos principais projetos realizados pela instituição e procura promover, também, momentos de integração. (adaptado do blog Resenha Geral)




Meu grupo maravilhoso! obrigada queridos!

E para mim foi uma alegria receber o convite para realizar a oficina de contação de histórias, com alunos do ensino fundamental II. Desenvolvi com os adolescente e as mães que estavam lá uma vivência de tradição oral, e foi mágico ver as mães ensinando para os filhos as brincadeiras dos tempos de criança, três três passará, dois passarinhos, boca de forno e outras mais e de falar da importância de minha vó Almerinda nessa roda. Contei o Mito do Diamante e pedi que me dissessem, em um desenho ou com uma palavra, se já haviam encontrado seu diamante e qual era, a resposta foi a mais linda possível, foi unânime  "MINHA FAMÍLIA É O MEU DIAMANTE". Arde no coração de Deus o desejo de restauração, cura e preservação das famílias na terra, é a base de tudo, é de onde vem os valores e quem somos, e foi essa a frase que marcou para mim esse encontro dita por Ana Clara, uma das crianças que estavam lá comigo:

"O MEU DIAMANTE É A MINHA VIDA, O AMOR QUE RECEBO E A MINHA FAMÍLIA!" 

E isso diz tudo, fala e resume o que vivemos naquele dia!

Organizamos uma apresentação para a socialização das várias oficinas que estavam acontecendo , de mnúsica de teatro, de artes plásticas , etc. e a apresentação foi a essencia do que vivemos ali, muito lindo!

eu e Sônia Leite

importante também foi encontrar pessoas que marcaram minha vida, nasci em Conquista, lá está a minha história e as minha referências e encontrei Sônia Leite, que apesar de não conhecer pessoalmente admiro tanto o seu trabalho no teatro, Lena, que foi minha professora no magistério, Aidil, Eleuza, Silvana colega dos tempos de Conquista Criança, Ver a genialidade de Onildo Barbosa e seu cordel, a aula dada pela profa Big falando, com brilhantismo, sobre a história da arte e conhecer pessoalmente Karina Melky que acreditou em meu trabalho, foi tanto carinho e respeito pela arte que só poderia ser o sucesso que foi. PARABÉNS A TODA EQUIPE


MUITO OBRIGADA!

Flávia Pacheco















segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Sá Linda (1911-2010)

Minha contadora de histórias , vozinha querida, nome de alma, Almerinda, que em meio a 'Prados e Nogueiras" de verde e frutas, flores e histórias, aquela que me mostrou , desde muito pequena, o valor das coisas simples e belas. Que o tempo tranasforme essa dor em uma saudade gostosa e que o Consolador venha sobre nós para nos confortar! Te amamos Sá Linda!
Minha Vozinha Almerinda e "minha espiga de milho" Bernardo

Eu sempre voi cantar pra ela...

"Na minha chegada
o povo ri
e pra eu sair
tem alguém que chora
ó minha senhora
não chore não,
me dê a mãe
que eu já vou embora..."

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

2º lugar no TAL - Tempos de Arte Literária


Recebi , na semana passada, um presente dos meus alunos Hugo Trindade (2º ano B) e Hortência Brito (1º ano B) do COLÉGIO ESTADUAL CARLOS SOUTO, aqui de RIO DE CONTAS. eles foram um dos vencedores no TAL - Tempos de Arte literária, seletiva regional em Brumado. Esse dia 27 de agosto de 2010 ficará marcado em minha vida por ver meus queridos brilharem com uma poesia tão profunda e mágica, digo presente por que como professora de literatura e teatro dessas figuras adoráveis acompanhei todo o processo de criação e de ensaios e toda a expectativa desses artista precoces, e "corujei" muito desde o início, e fiquei mais nervosa do que eles antes da apresentação, belíssima, diga-se de passagem, para mim sem defeitos, vibrei com cada movimento e cada palavra, cada olhar e cada respirar... Ele, Hugo, estava um charme só, e ela , Hortência , uma perfeita boneca. Ganharam em 2º lugar, mas para mim como se fosse o 1º!!!
Os prêmios: uma medalha lindonaaaaaa, uma coleção de clássicos da literatura brasileira, que ele já está lendo, e o troféu que eles, carinhosamente, me deram, ameiiiii!!!


E aí está ... 


“A Marionete”

(Hugo Trindade)

Nem mesmo o tempo me corrompe.
A agonia de ter um corpo que não sucumbe,
Não sentir dor ou calor
Somente o frio é meu cobertor.

Posso me montar, me desfazer
A maldição de nunca morrer,.
Posso viver sem emoção
Pois não fizeram meu coração.

Ser controlado ou manipulado
Na verdade eu nada faço:
Reagir, pensar, decidir;
Nada disso cabe a mim.

Posso ser necessário ou não
Toda peça tem sua função,
Mas se não encontra nenhum valor
É porque nada de mim sobrou.

Eles procuram motivos e a verdade,
Dizem que isso é a realidade;
Sonham coisas sem razão
E chamam isso de ilusão.

Eles querem um sentido para viver
E eu que nem alma posso ter;
Eles querem se realizar
E eu que nunca irei sangrar.

Sempre olhei o tempo passar
E nada nesse mundo ele quis esperar.
O fim sempre me acompanhou
E ninguém ele perdoou.

Fiz do palco uma nação
E da arte, minha reencarnação
E nesse mundo maldito
Sou uma marionete em um teatro infinito.


Hugo Trindade é aluno do segundo ano vespertino do Colégio Estadual Carlos Souto de Rio de Contas e desde muito pequeno teve que superar suas próprias barreiras, através da dedicação aos estudos, criatividade e maturidade. Seus textos falam, ao mesmo tempo, de um mundo adolescente, mas com um tom sóbrio, misterioso e solene. Inspirado nos heróis japoneses criou a poesia “A Marionete”, vencedora do II TAL do seu colégio. Hugo também participa do grupo de teatro da escola e criou uma peça intitulada “O Vale do Fim” que encenou com seus colegas e foi muito elogiado por sua profundidade. É um aluno dedicado, questionador tem uma personalidade forte, mas ao mesmo tempo cativa com sua sensibilidade e atenção.


Abraços poéticos a todos 
Flávia Pacheco (pro orgulhosa)

quarta-feira, 1 de setembro de 2010