domingo, 28 de novembro de 2010

Vanda Machado

Registro do encontro de Pati Pacheco e Vanda Machado (Vanda Machado é doutoranda em Educação e especialista em História e Cultura Africana pela Universidade Federal da Bahia. Autora de livros e artigos publicados em coletâneas e revistas especializadas)

Vanda e Pati

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

CIÊNCIAS, CULTURA E ARTE



quinta-feira, 18 de novembro de 2010

III F.I.C.C.A "Com Ciência e Criatividade Tudo se Transforma"

Está chegando a 3º edição da Feira Interdisciplinar de Ciência, Cultura e Arte do Colégio Estadual Carlos Souto, com tema "Meio Ambiente". A F.I.C.C.A é um projeto dinâmico e que possibilita a oxigenação dos conhecimentos das ciências da cultura e da arte. Este ano estou trabalhando com 3 turmas 1º B, 1º C e o 2º C juntamente com minhas colegas Lourdes Pinto e Mariedes, nosso sub tema é "Educação Ambiental: Um Jogo de Atitude! Temos que pensar no agora e fazer já algo pelo nosso planeta, temos como lema a esta frase de Gabriel O Pensador:

“Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente


A gente muda o mundo na mudança da mente


E quando a mente muda a gente anda pra frente


Na mudança de atitude não há mal que não se mude


Na mudança do presente a gente molda o futuro”



Estamos aprendendo muito sobre reaproveitamento de materiais, bio construção , reciclagem de papel, brinquedos de sucata, e jogos educativos que nos despertam para uma consciência revelada em nossas atitudes.


Muitos temas estão sendo abordados por todas as séries, teremos visitas guiadas, salas temáticas, experimentos, apresentações e muito mais.

A feira acontecerá dias 25 e 26 de novembro no Colégio Estadual Carlos Souto em Rio de Contas.

Todo mundo já sabe o quanto eu sou uma pro coruja, aí vão algumas fotos do nosso processo de ATITUDE:

Querida Glenda... remodelando jornal

Aldo e Bruninha... reciclando papel

Mário Junior, preparando a construção com garrafas PET



Bio Construção sob a orientação de David, fazendo o superadobe


Eles se envolveram muito, foi massa!

corujando

superadobe

Para arrecadar fundos fizemos uma quermesse, tradição aqui de Rio de Contas.

Organização da quermesse com o 2º C

Breve coloco mais novidades!
 
Abraços meu povo!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Centro Educacional Giramundo

Amigos de amigos... Minha querida amiga Graça Sales me apresentou ao GIRAMUNDO, peço licença pra mostrar pra vocês uma das atividades realizadas pór esta escola que fica em Trancoso aqui na Bahia. Amei esse clipe

 Vídeo Clipe da música Ora Bolas produzido pelos alunos da terceira série de 2009



domingo, 7 de novembro de 2010

A menina e o pássaro encantado – Ruben Alves


Era uma vez uma menina que tinha um pássaro como seu melhor amigo.

Ele era um pássaro diferente de todos os demais: era encantado.

Os pássaros comuns, se a porta da gaiola ficar aberta, vão-se embora para nunca mais voltar. Mas o pássaro da menina voava livre e vinha quando sentia saudades… As suas penas também eram diferentes. Mudavam de cor. Eram sempre pintadas pelas cores dos lugares estranhos e longínquos por onde voava. Certa vez voltou totalmente branco, cauda enorme de plumas fofas como o algodão…

— Menina, eu venho das montanhas frias e cobertas de neve, tudo maravilhosamente branco e puro, brilhando sob a luz da lua, nada se ouvindo a não ser o barulho do vento que faz estalar o gelo que cobre os galhos das árvores. Trouxe, nas minhas penas, um pouco do encanto que vi, como presente para ti…

E, assim, ele começava a cantar as canções e as histórias daquele mundo que a menina nunca vira. Até que ela adormecia, e sonhava que voava nas asas do pássaro.

Outra vez voltou vermelho como o fogo, penacho dourado na cabeça.

— Venho de uma terra queimada pela seca, terra quente e sem água, onde os grandes, os pequenos e os bichos sofrem a tristeza do sol que não se apaga. As minhas penas ficaram como aquele sol, e eu trago as canções tristes daqueles que gostariam de ouvir o barulho das cachoeiras e ver a beleza dos campos verdes.

E de novo começavam as histórias. A menina amava aquele pássaro e podia ouvi-lo sem parar, dia após dia. E o pássaro amava a menina, e por isto voltava sempre.

Mas chegava a hora da tristeza.

— Tenho de ir — dizia.

— Por favor, não vás. Fico tão triste. Terei saudades. E vou chorar…— E a menina fazia beicinho…

— Eu também terei saudades — dizia o pássaro. — Eu também vou chorar. Mas vou contar-te um segredo: as plantas precisam da água, nós precisamos do ar, os peixes precisam dos rios… E o meu encanto precisa da saudade. É aquela tristeza, na espera do regresso, que faz com que as minhas penas fiquem bonitas. Se eu não for, não haverá saudade. Eu deixarei de ser um pássaro encantado. E tu deixarás de me amar.

Assim, ele partiu. A menina, sozinha, chorava à noite de tristeza, imaginando se o pássaro voltaria. E foi numa dessas noites que ela teve uma ideia malvada: “Se eu o prender numa gaiola, ele nunca mais partirá. Será meu para sempre. Não mais terei saudades. E ficarei feliz…”

Com estes pensamentos, comprou uma linda gaiola, de prata, própria para um pássaro que se ama muito. E ficou à espera. Ele chegou finalmente, maravilhoso nas suas novas cores, com histórias diferentes para contar. Cansado da viagem, adormeceu. Foi então que a menina, cuidadosamente, para que ele não acordasse, o prendeu na gaiola, para que ele nunca mais a abandonasse. E adormeceu feliz.

Acordou de madrugada, com um gemido do pássaro…

— Ah! menina… O que é que fizeste? Quebrou-se o encanto. As minhas penas ficarão feias e eu esquecer-me-ei das histórias… Sem a saudade, o amor ir-se-á embora…

A menina não acreditou. Pensou que ele acabaria por se acostumar. Mas não foi isto que aconteceu. O tempo ia passando, e o pássaro ficando diferente. Caíram as plumas e o penacho. Os vermelhos, os verdes e os azuis das penas transformaram-se num cinzento triste. E veio o silêncio: deixou de cantar.

Também a menina se entristeceu. Não, aquele não era o pássaro que ela amava. E de noite ela chorava, pensando naquilo que havia feito ao seu amigo…

Até que não aguentou mais.

Abriu a porta da gaiola.

— Podes ir, pássaro. Volta quando quiseres…

— Obrigado, menina. Tenho de partir. E preciso de partir para que a saudade chegue e eu tenha vontade de voltar. Longe, na saudade, muitas coisas boas começam a crescer dentro de nós. Sempre que ficares com saudade, eu ficarei mais bonito. Sempre que eu ficar com saudade, tu ficarás mais bonita. E enfeitar-te-ás, para me esperar…

E partiu. Voou que voou, para lugares distantes. A menina contava os dias, e a cada dia que passava a saudade crescia.

— Que bom — pensava ela — o meu pássaro está a ficar encantado de novo…

E ela ia ao guarda-roupa, escolher os vestidos, e penteava os cabelos e colocava uma flor na jarra.

— Nunca se sabe. Pode ser que ele volte hoje…

Sem que ela se apercebesse, o mundo inteiro foi ficando encantado, como o pássaro. Porque ele deveria estar a voar de qualquer lado e de qualquer lado haveria de voltar. Ah!

Mundo maravilhoso, que guarda em algum lugar secreto o pássaro encantado que se ama…

E foi assim que ela, cada noite, ia para a cama, triste de saudade, mas feliz com o pensamento: “Quem sabe se ele voltará amanhã….”

E assim dormia e sonhava com a alegria do reencontro.
 
Um dedo de prosa com o mestre Ruben Alves, com o põr do Sol de testemunha, no projeto TAL em Salvador.
Foto by Flávia Pacheco



Para o adulto que for ler esta história para uma criança:

Esta é uma história sobre a separação: quando duas pessoas que se amam têm de dizer adeus…

Depois do adeus, fica aquele vazio imenso: a saudade.

Tudo se enche com a presença de uma ausência.

Ah! Como seria bom se não houvesse despedidas…

Alguns chegam a pensar em trancar em gaiolas aqueles a quem amam. Para que sejam deles, para sempre… Para que não haja mais partidas…

Poucos sabem, entretanto, que é a saudade que torna encantadas as pessoas. A saudade faz crescer o desejo. E quando o desejo cresce, preparam-se os abraços.

Esta história, eu não a inventei.

Fiquei triste, vendo a tristeza de uma criança que chorava uma despedida… E a história simplesmente apareceu dentro de mim, quase pronta.

Para quê uma história? Quem não compreende pensa que é para divertir. Mas não é isso.

É que elas têm o poder de transfigurar o quotidiano.

Elas chamam as angústias pelos seus nomes e dizem o medo em canções. Com isto, angústias e medos ficam mais mansos.

Claro que são para crianças.

Especialmente aquelas que moram dentro de nós, e têm medo da solidão…



As mais belas histórias de Rubem Alves

Lisboa, Edições Asa, 2003

sábado, 6 de novembro de 2010

Plánetário SESC Conquista

O Serviço Social do Comércio (Sesc), traz para Vitória da Conquista a Mostra Planetário, que tem por objetivo levar à clientela uma visão renovada da Ciência, de forma acessível e dinâmica, fornecendo ao indivíduo instrumentos para a compreensão de sua realidade e do mundo em que vive. Por meio de projeto visual que simula o céu do Hemisfério Sul no teto de uma cúpula inflável, o visitante aprenderá a observar as constelações, as estrelas e os planetas, contagem e marcação do tempo a partir das estrelas; identificação das fases da lua; mudanças que acarretam as diferentes fases da lua; observação e identificação dos planetas e principais concepções científicas sobre a origem do universo. A Mostra contempla, também, exposição sobre a vida de 5 grandes astrônomos, exibição de vídeos científicos, oficinas, observatório Solar Indígena e equipamento Sistema Sol-Terra-Lua. Acesso livre com abertura no dia 28 de outubro até o dia 6 de novembro na sede do Sesc de Vitória da Conquista. Maiores informações e reservas podem ser tratadas pelo telefone: (77) 3426-3131 falar com o Setor Social. Entrada franca.

fonte: blog do Andersos