segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

PUXADA DE REDE

LANÇAMENTO DO LIVRO "GARIMPO DE IMAGENS"

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

A História de Dandara e Kenderê



(Maria das Graças Sales)

Conta-se que há mais de duzentos anos atrás, vivia num reino à beira-mar, lá na África distante, uma jovem e linda princesa chamada DANDARA.
Ela vivia feliz com seus pais e irmãos, até que um dia chegaram na aldeia uns homens maus que a raptaram e a venderam para um mercador de escravos.
Dandara ficou muito triste por ter se separado de sua família, de sua gente, da terra-natal, que ela tanto amava. Por isso, ela chorou noite e dia, pedindo coragem aos deuses e rogando para que não a abandonassem.
Dias depois, ela foi levada para um navio enorme, onde já se podia ver muitas outras mulheres e homens, alguns de tribos diferentes da sua, que também estavam vivendo o mesmo drama que ela. Foi então que Dandara entendeu que, como os outros, estava para fazer uma viagem. Para onde ninguém sabia.
A viagem foi penosa e durou longos dias. Não havia conforto algum; as pessoas ficavam amontoadas no porão escuro do navio. A comida era pouca e ruim. Muitos deles adoeciam e acabavam morrendo.
No meio de tanta dor, havia solidariedade entre aqueles pobres seres que, às vezes, sem falar a mesma língua (sim, porque eram de tribos diferentes), confortavam-se uns aos outros com um olhar, um gesto, um sorriso...Assim, a esperança de que aquela situação mudasse estava sempre presente.
Aliás, foi um sorriso muito especial que chamou a atenção de Dandara. Tratava-se de um belo jovem chamado Kenderê. Além de forte e altivo, ele demonstrava ser solidário, porque sempre estava ajudando os companheiros. Num certo instante, como que por mágica, os olhares de Kenderê e Dandara se cruzaram e, daí em diante, passaram a estar sempre juntos. Onde um estava, lá também estava o outro.
Não se tinha noção de quanto tempo exatamente havia passado desde que o navio havia deixado o porto.
Certo dia, uma forte tempestade agitou o mar, levantando ondas gigantes! O navio balançava muito.
De repente, ouviu-se um estrondo! O navio havia se chocado com uma grande pedra e começava a entrar água no porão, onde estavam os prisioneiros.
A batida abriu um rombo enorme no casco do navio e daí eles começaram a sair de lá nadando!
Era noite e, assim, os marinheiros e mercadores de escravos nada puderam fazer para impedir a fuga!
Alguns daqueles filhos da África, enfraquecidos durante a viagem, tinham grande dificuldade, mas com a ajuda dos que estavam em melhores condições físicas, conseguiram flutuar agarrados nos pedaços de madeira que se desprenderam do casco e até mesmo em barricas vazias de vinho que, naquela confusão, vieram parar na água.
Depois de muito esforço, e com a proteção do manto negro da noite, muitos deles conseguiram chegar à terra firme. Todos estavam muito cansados, mas felizes! Afinal, haviam sobrevivido! Estavam vivos! Entre eles, estavam Dandara e Kenderê.
Quando o sol veio beijar a praia, eles puderam perceber que haviam chegado num lugar muito bonito, cheio de árvores, e que havia um rio cristalino desaguando por ali.
Temerosos de que aqueles homens maus pudessem encontrá-los de novo, resolveram adentrar a floresta, sempre seguindo uma margem do rio. No meio da mata, com certeza estariam mais protegidos. E assim foram seguindo, dias e dias, alimentando-se com o que a Natureza generosamente lhes oferecia, e descansando à noite. Os obstáculos iam sendo vencidos, ajudando-se uns aos outros. Isto ia estreitando os laços de amizade entre eles, pois tinham que se manter unidos para se manter fortes. Afinal, estavam em terras estranhas, desconhecidas. O perigo rondava o tempo todo. Era preciso estarem atentos para não serem surpreendidos.
Depois de muito caminharem, eles chegaram a um lugar no alto de uma montanha, que parecia seguro. O ar era puro e havia águas límpidas, árvores variadas, lindas orquídeas, pássaros coloridos, bichos de muitos tipos.
Kenderê que, naturalmente, havia se tornado o líder do grupo disse:
“Meus amigos, já faz muitos dias que estamos caminhando. Estou certo de que chegamos num lugar onde, finalmente, poderemos ficar. Temos, aqui, água e comida em abundância. Não podemos, infelizmente, voltar à terra-natal e isso nos deixa triste, mas podemos tentar ser felizes aqui e fazer deste lugar o nosso lar. O que vocês acham?
O grupo inteiro concordou e todos se abraçaram com emoção.
Assim, aquelas pessoas haviam, depois de tanto sofrimento, encontrado um lugar para ser seu lar.
Dandara e Kenderê se casaram, numa linda cerimônia, e tiveram muitos filhos, todos saudáveis e felizes, e continuaram juntos, mais unidos que nunca.
É claro que, de vez em quando, vinha uma saudade danada da Mãe África, onde ficaram a família e os amigos. Então, eles se sentavam de noite, em volta da fogueira, para lembrar e relembrar conversando, cantando e dançando os costumes e as histórias dos povos do outro lado do oceano.
Dizem que aquele navio naufragou na costa da Bahia, perto de Itacaré, e que o rio que eles seguiram é chamado, hoje, de Rio de Contas.
Será verdade ou lenda? Até hoje ninguém sabe ao certo...




Quem gostou, bate palmas.
Entrou pela orelha do pinto, saiu pela boca do pato. Quem quiser que conte quatro!
Essa, eu contei de memória. Quem quiser, pode contar outra história.
Falei, falei, falei e acabei ficando rouca.Agora, quem quiser que conte outra!
Entrou na cabeça de Pedro, saiu pela boca de Jacinto. Agora, quem quiser que conte cinco!

Bia Borboleta


Rio de Contas, dezembro 2005
Maria das Graças Sales


Bia era uma borboleta bonita. Nem alta, nem baixa; nem gorda, nem magra.
Suas asas eram azuis, com pintinhas pretas.
Bia quando se olhava no espelho do lago, esfregava as anteninhas de contentamento, e dizia: “Como sou linda e feliz!”

Ela tinha muitos amigos: a cigarra, a formiga, o grilo, até mesmo o sapo. Toda a bicharada da vizinhança gostava de sua companhia animada e divertida.

Uma manhã, ela estava muito pensativa e seus amiguinhos ficaram preocupados.
“Bia, o que está acontecendo? Você parece triste”, disse o grilo.
“Eu não estou triste. Só estou sentindo saudades.”, disse Bia.
“Saudades de quê?”, perguntou a formiga.
“É estranho, mas estou sentindo saudades de um lugar que eu nunca vi.”- respondeu a borboleta, com o olhar perdido no horizonte.
“Não estou entendendo...”, comentou a cigarra.

Aí, Bia explicou que, um dia, seu pai lhe disse que o pai do pai dele tinha vindo de um lugar muito distante, chamado África, onde muitos parentes haviam ficado . Tantas histórias ela ouviu sobre aquele lugar, que agora estava cheia de vontade de viajar e conhecer as coisas, os lugares, os costumes e os parentes de lá.

Os amigos ficaram mais preocupados.
“Bia, a professora disse que a África fica muuuuuiiiiito longe, do outro lado do oceano! Como é que você vai fazer para chegar lá?! Isso pode ser muito perigoso!” disse o sapo.

“É fácil: vou voando!” , respondeu a borboletinha, já decidida a fazer a viagem.

No dia seguinte, bem cedinho, preparou uma mochilinha com umas coisinhas para comer, umas poucas roupinhas, seus óculos escuros, o protetor solar, e bateu asas rumo ao litoral.

Bia chegou numa praia linda, com águas de um azul mais claro que o de suas asas e areia fina e branquinha. Havia também muitos coqueiros e flores de hibisco. Lá, ela descansou algumas horas e, depois de ter reforçado seu suprimento de néctar, pegou carona num barquinho comandado por um velho marinheiro muito alegre, que cantava o tempo todo. O nome dele era Nicolau.

Pena que “seu” Nicolau não iria até a África. Ele navegava para o Arquipélago de Fernando de Noronha.
Todavia, o velhinho pediu a um golfinho amigo, companheiro de muitas viagens, para levar Bia até um lugar muito bonito chamado Atol das Rocas. De lá ficaria mais fácil para a borboletinha chegar ao seu destino.
Nesse lugar, Bia fez amizade com muitos pássaros. Depois de alguns dias, teve que partir, pois não havia desistido de sua viagem. Não, não! Ela continuava querendo chegar na África, a terra de seus antepassados.

Depois de se despedir dos novos amigos, bateu asas, mais uma vez, e voou para o leste.
Lá pelas tantas, avistou uma pedra grande e pousou para descansar.
De repente, a pedra começou a se mexer!
“Ai, que susto!”exclamou Bia, ao perceber que “a pedra” não era pedra, mas o casco de uma imensa tartaruga marinha.
Logo-logo as duas começaram a conversar e descobriram que estavam indo para o mesmo lugar: a África.

Clotilde, a velha tartaruga, que já tinha uns 300 anos, mais ou menos, contou coisas lindas sobre a terra-natal do bisavô de Bia. Até conhecia umas borboletas muito parecidas com ela: todas tinham asas azuis com pintinhas pretas!
“Devem ser meus parentes! Clô, você me leva lá onde eles moram? Leva?, perguntou Bia, cheia de ansiedade.
“É claro, querida!”,respondeu Clotilde, feliz da vida por poder ajudar sua nova amiga.

E assim aconteceu.
Clotilde levou Bia até uma praia bonita, na costa de um país chamado Angola, onde estavam as matas, os bichos, os lugares, os costumes e os parentes que ela sempre sonhou conhecer. Os parentes africanos adoraram Bia e a encheram de carinhos e presentes.
Mas, o melhor de tudo foi que, lá, Bia pôde encontrar as raízes da história de sua família e aprender de onde tinha vindo um certo jeitinho de se expressar, de fazer arte, de cozinhar... Muitas coisas que ela conhecia desde pequenina, tinham sido trazidas de muito longe por seus antepassados.
E, aí, Bia sentiu muita gratidão por ter recebido tanta coisa boa deles. Ela também sentiu-se ainda mais orgulhosa de suas origens.

Os dias passaram muito rápido. Já era hora de voltar para casa.
Bia retornou para o Brasil, mais feliz que nunca, com o coração explodindo de emoção e a cabeça cheia de lembranças gostosas de sua incrível viagem!

terça-feira, 18 de novembro de 2008

sábado, 15 de novembro de 2008

Feira de Livros...



Participei essa semana da Feira de Livros do SESC Conquista, levei as histórias de Kwaku Anansi, conto africano que responde a pergunta: Como as histórias vieram parar na Terra? E Bia Borboleta, de Maria das Graças Salles. A Feira, esse ano, aconteceu dentro do VI Congresso de Educação de Vitória da conquista.

Desde 2000 que a Oficina de Sonhos e Bonecos participa das atividades da Feira de Livros do SESC, com oficinas de contação de histórias, incentivo a leitura, e peças de teatro de bonecos. Em 2001 apresentamos a peça "O Macaco e a Velha", em 2002 foi a vez do Sítio do Picapau Amarelo com a peça "Pirlimpimpim", já em 2003 o homenageado foi Ziraldo e apresentamos "Um Sonho Muito Maluquinho" a busca de uma menina pelos caminhos da leitura, em 2004 a peça "Uns Tantos Sentidos da Leitura" passou a mensagem da inclusão e da importancia de nunca desistirmos diante dos obstáculos.

Foram experiências maravilhosas!

Fiquei muito feliz em retornar á esse evento, agora levando contos africanos e histórias da tradição oral, encontrei muita gente querida e que representam muito para mim, que fazem parte de minha caminhada e da Sonhos e Bonecos!

Beijão em todos, espero que vibrem também com minha alegria!

Flávia

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Lançamento do Ponto de Cultura.

Evento de lançamento do PONTO DE CULTURA SONHOS E BONECOS e do Livro GARIMPO DE IMAGENS de Aristides Alves

DIA: 27 de novembro
HORA: 17 hs
LOCAL: Calçadão do Fórum, em frente à Biblioteca Pública Municipal
Eventos simultâneo: Feira Cultural da Escola Despertar.

PARCEIROS:

• Ponto de Cultura Sonhos e Bonecos

• Grãos de Luz e Griô

• Escola Despertar

• BIBLOS - Sociedade Amigos da Biblioteca

. Agenda 21 de Rio de Contas



• APRESENTAÇÕES:

Trança fitas (Escola Despertar)

Peça de teatro de Bonecos (Casinha dos Sonhos)

Coreografia: AFRICAS (Casinha dos Sonhos)

Puxada de rede e roda de capoeira (Casinha dos Sonhos)

Terno de reis De Seu Benedito (à confirmar)

Terno de Reis As Pastorinhas(à confirmar)

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Pedagogia Griô em Vitória da Conquista!





Queridas Educadoras que começaram a sua caminhada nessa linda pedagogia que é a Griô, aqui estão as letras das cantigas que prometi, não esqueçam de “jogar” o seu versinho!

Um grande abraço!

Flávia Pacheco


“Veio lá de Conquista
para aqui nos visitar
nós queremos te abraçar
com muita categoria
quando vem traz alegria
quando vai deixa saudade

seja bem vindo a nossa comunidade
seja bem vindo a nossa comunidade”(Aprendida com o grupo do Assentamento do Rose - Feira de Santana)

“Não faça o mal, quem te faz o bem
Eu vou ao mar, depois eu vem
E lá no mar, tem uma pedra
Nessa pedra mora uma índia
Eu vi a pedra embalançar
Essa índia eu vou buscar” (Aprendida com dona Rosa – Comunidade do Remanso, Lençóis – Ba)


“Eu ia passando, boi de Mariá
Lá no bebedouro, boi de Mariá
Meu chapéu caiu, boi de Mariá
Meu amor panhô, ô ya ya” (Aprendida com o Velho Griô)


“Ô Maria manteiga, meu bem
Você dá desse lado, eu também
Você dá desse outro eu também dô
Umbigada no meio, que mal tem?”(Aprendida com Dona Almerinda, 97 anos, minha avó)

“Cumpade se galinheiro
Dê milho a sua galinha
Seu filho mal ensinado
Passou na minha porta
Com par de namorá (bis)

Palma dentro
Palma fora
E pisa o milho
E sopra o fogo
Cuidado com a brasa!” (Aprendida com Márcio Griô – Lençóis - Ba)


“O capim da lagoa, já cresceu
Amarelou o veado comeu (bis)
Lá vem o rei e a rainha (bis)
O rei é seu a rainha é minha (bis)
O capim da lagoa, já cresceu
Amarelou o veado comeu (bis)” (cantiga típica da Chapada dos Veadeiros)


“Eu vi o sol, vi a lua clarear
Eu vi meu bem dentro do canavial (bis)” (Aprendida com seu Benedito do Pirulito – Rio de Contas)


“Estava de baixo,De um arvoredo
Ao meio dia, Estava descansando
Ouvi um canto, Tão saudoso
Só me parece
Um passarinho cantando
Mas que bicho feio, Virgem Mãe de Deus
É o Jaraguá, ô maninha
Para pegar o Mateus

Chegou chegou
Já chegou meu Jaraguá
O bichinho é bonitinho, Ele sabe vadiar
Cumprimenta cumprimenta
Acriançada, jaraguá
O bichinho é bonitinho, Ele sabe vadiar
Ta bonito ta bonito
Ta bonito jaraguá
O bichinho é bonitinho, Ele sabe vadiar
Cata piolho cata piolho Cata piolho jaraguá
O bichinho é bonitinho, Ele sabe vadiar
Faz cafuné faz cafuné Faz cafuné, jaraguá
O bichinho é bonitinho Ele sabe vadiar
Meia volta meia volta Volta e meia, jaraguá
O bichinho é bonitinho Ele sabe vadiar
Vai embora vai embora Vai embora, jaraguá
O bichinho é bonitinho Ele sabe vadiar
Foi embora foi embora Foi embora, jaraguá
O bichinho é bonitinho Ele sabe vadiar” (Do grupo Carroça de Mamulengos, aprendida com Shell)


“Olha a cobra olha a jibóia
Olha o bote que ela dá
Arreda do seu caminho
deixa a jibóia passar” (Aprendida com Márcio Griô – Lençóis - Ba)

“Caranguejinho, tá andando tá andando (bis)
Ô ta na boca do buraco?
Carangueijo sinhá!”(Aprendida com Márcio Griô – Lençóis - Ba)

“Periquito maracanã
Cadê a sua Yayá (bis)
Faz um ano faz um dia
que eu não vejo ela passar (bis)” (Aprendida com Márcio Griô – Lençóis – Ba, que aprendeu com Caio , 9 anos)


“Bota a canga no boi, carreia carreador
Bota a canga no boi, carreia carreador
É hora, é hora, é hora
Quem mora perto é cedo,
mas quem mora longe é hora” (bis) (Aprendida com Isabel de Rio de Contas)


“Eu vou alí e volto já, vou buscar maracujá
Eu vou alí e volto cedo, vou buscar limão azedo”


“Adeus o Homem, adeus mulher
Até amanhã se Deus quiser”


“Chora bananeira, bananeira chora
Chora bananeira que eu preciso ir embora
Vou me embora, eu já vou me embora
Eu não sou daqui, eu sou de lá de fora”


Gente, eu acho que são só essas, mas se tiver alguma mais é só pedir!

Beijão!

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Tia Zezé: a vencedora! Linda, linda!


"No alto de seus 67 anos, Alzenira foi a grande vencedora do Prêmio Servidor Cidadão, em cerimônia realizada na tarde dessa quarta-feira (29), na Fundação Luís Eduardo Magalhães (Flem). Por sua ação voluntária – ela dirige há três décadas uma escola infantil em sua comunidade" (portal do servidor)

Diante de Dona Alzera, me senti um grãozinho de areia!

Menção Honrosa no Prêmio Servidor Cidadão!



O Prêmio Servidor Cidadão, contemplou dez ações de voluntariado desenvolvidas por servidores públicos estaduais. Flávia Pires Pacheco Lopes, professora de Rio de Contas, recebeu o título de menção honrosa pelo projeto Oficina de Sonhos e Bonecos.

Gente foi muito emocionante a entrega do desse tão esperado prêmio, fiquei muito feliz de estar entre os dez finalistas, e parabenizo todos os que, comigo, abrilhantaram essa linda festa! Principalmente Dona "Alzera", como gosta de ser chamada, a senhorinha guerreira que foi o vencedora do prêmio, uma verdadeira Griô

Flávia

domingo, 19 de outubro de 2008

Sonhos e Griô no A TARDE



Saiu no jornal "A TARDE" de hoje uma reportagem sobre o lançamento do livro de Fotografia da Chapada.

"O lançamento de Garimpos de imagens começou pelo Vale do Capão, em Palmeiras, no dia 12, em seguida na Associação dos Pescadores do Remanso, no dia 16, e no dia 17, na galeria do IPHAN, também em Lençóis. Em novembro, será a vez do lançamento em Rio de Contas, na Casinha dos Sonhos e Bonecos, dia 27."

Essa data (27 de novembro) não foi escolhida por acaso, é o dia do aniversário da cidade, e na ocasião também será o lançamento do Ponto de Cultura de Rio de Contas o PONTO DE CULTURA SONHOS E BONECOS!

sábado, 18 de outubro de 2008

Mochilas e alegriaaaaaa!


Finalmente entregamos para as crianças do projeto as tão faladas mochilasss!!! Foi uma FESSTAAA!

A entrega das 40 mochilas com material didático dentro faz parte da parceria com O Grãos de Luz e Griô e o PROGRAMA CRIANÇA ESPERANÇA.

E como disse Érica, umas das meninas, "viva o Griô e Griô!!!" rsrsrsr

REUNIÃO COM AS MÃES



Foi realizada uma reunião com as mães das crinaças que participam da Casinha dos Sonhos, para assinatura do termo de parceria e para apresentar as atividades que vêm sendo realizadas em 2008.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Dia das Crianças... Êita festança boa!!!


jaraguá, cachorro quente, pãozinho, bolo confeitado, refri, gente amiga...

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Kwaku Anansi, e como as históras vieram parar na Terra


Olha a caixinha que fiz pra contar a história do Griô...

Aí temos Natália, e as nossas monitoras Anete e Gabi!

beijos, Flávia!

domingo, 5 de outubro de 2008

Claudate Eloy


Que alegria ver Claudete Eloy em nossa roda...

Grande artista plástica, professora da UFBA, que agora é parceira da Casinha dos Sonhos!

"Achei bonito todo povo a conversar,
parar para escutar José Bernardo Pessoa
Que coisa boa CLAUDETE de perna bamba
dançando ao som da ciranda na terra das Alagoas..."

Seja bem vinda querida!!!

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

ESPECIAIS...


1 - Gerônimo vestido de Jaraguá;
2 - Bia Borboleta, por Wylliby
3 - Gabi, querida que se ofereceu pra ajudar... lindinha!
4 - Bia Borboleta
5 - Dandara e Kenderê
6 - mãos ao fundo.

Visita...


GENTE RECEBEMOS A VISITA HOJE DE ÉRICA E NORMA, QUE ESTÃO AVALIANDO O NOSSO PROJETO NO "PRÊMIO SERVIDOR CIDADÃO"

FICAMOS ENTRE OS 26 PROJETOS SELECIONADOS PARA RECEBER ESSA VISTA "IN LOCU" E ESTAMOS "AINDA" CONCORRENDO A ESSE PRÊMIO! ESPERAMOS QUE O RESULTADO SEJA POSITIVO!

OBRIGADA QUERIDAS PELA VISITA!

domingo, 14 de setembro de 2008

BONECOS...



QUERIDOS ACOMPANHANTES EM MINHA TRAJETÓRIA

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

MÁGICO...

Mais fotos da inauguração...






OBRIGADA A TODOS Q COMPARECERAM A INAUGURAÇÃO DA CASINHA DOS SONHOS

Está aberta a Casinha dos Sonhos...



Ufa! quanto trabalho! ma valeu a pena!!!! né ZUUUURIII!!! RSRSRS

A CASINHA TÁ LINNNDA!

A INAUGURAÇÃO FOI MUITO BOA!!!

TINHA MUITA CRIANÇA!!! MUIIITA!!!

NA SEQUENCIA AS FOTOS:

1 Placa da casinha
2 baú de bonecos
3 Firinfinfélia
4 Wandreson e jerônimo (nossos recepcionistas)
5 As três "muié" sambadeira (Rosa , Sandra, Flávia)
6 Huummm Sopa!

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Chegou o dia!!!!!


Pessoal, agora chegou o dia da inauguração!!!

Será nesta quinta-feira, dia 11, ás 4 da tarde!

Vai ter dança e brincadeira, vai ter sopa e alegria!!!

OBRIGADA MEU DEUS!!!

Flavinha

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

"essas muiés sambadeiras" (Noedi Mello)


Versinho: presente da presidente da OASIS "FLÁVIA EU FIZ PARA VOCÊS UNS VERSINHOS PÉ-QUEBRADOS" (palavras dela)

Eu vou contar uma história
Bem bonita e verdadeira
De um momento de glória
Dessas muié sambadeira.

Lilian, Flávia, Sandra e Rosa,
Essas pessoas guerreiras
Numa luta valorosa
Êta muiés sambadeiras!

Sambaram e contaram histórias
Lembraram das brincadeiras
Que ficaram nas memórias
Dessas muiés sambadeiras.

Era a dança do pilão
E histórias verdadeiras
De índio e de ancião
Essas muiés sambadeiras!

Fizeram lindo projeto
Estudando as maneiras
Com alegria e afeto
Essas muiés sambadeiras!

"Sonhos e bonecos" projetados
Foi listado nas fileiras
Dos projetos aprovados.
Essas muiés sambadeiras!

Terceiro lugar na Chapada
Sexto na Bahia inteira!
Foram muito festejadas
Essas muiés sambadeiras!!!!

Mamaaaaa que linnnndo, ri do "pé quebrado! kkkk

parece que ouço vc declamá-lo para nós, muito linnndooo!!

obrigada de coraÇÃO!!! MINHA PRESIDENTA FAVORITA!!!

domingo, 7 de setembro de 2008

F.I.C.C.A.




Aconteceu na semana passada a 1☺ Feira Interdisciplinar de Ciências Cultura e Arte do Colégio Estadual Carlos Souto onde trabalho e foi SHOWWWW!!!




Eu com meus alunos Flávio e Alberto

terça-feira, 2 de setembro de 2008

SOMOS PONTO DE CULTURA SIM SINHÔ!!!!!!!!!



Aí foi o dia que eu e Rosa fomos colocar o projeto no correio!!!

Alegria é uma coisa que ainda não descreve o que estamos sentindo pois agora SOMOS PONTO de CULTURA!!!

Parabéns Guereiras dessa "Oficina de Sonhos", e muito obrigada Líllian do Grãos por tudo que nos ensinou!!!

E muito gratas à todos que torceram e contribuíram pra esse reconhecimento!!!

Flávia do PONTO DE CULTURA Sonhos e bonecos!!!

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Muuuuuito trabalho!!!


As três "muié" sambadeira: Flavinha, Sandrinha e Rosinha...


Conhecem aquele filme "karatê kid"? pois é! Antes de brincarmos, e celebrarmos na roda da vida na "CASINHA DOS SONHOS" TEMOS MUITO TRABALHO AINDA PELA FRENTE!!!

Por isso não foi possível a reinauguração nessa quinta, ainda falta muita coisa e queremos abrir o espaço com tudinho pronto, lindo e colorido como pensamos!!!

A gente avisa a nova data, tá pessoal?

Beijão!

Flavinha.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Prêmio Servidor Cidadão 2008


A servidora do estado da Bahia Flávia Pacheco é professora de Literatura e Artes do Colégio Estadual Carlos Souto na cidade de Rio de Contas, com carga horária de 40 horas, nos turnos matutino e noturno. Aprovada em concurso público em 2002 já ensinou em Barra do Choça e a quatro anos mudou-se para a Chapada Diamantina, com seu marido e seus dois filhos, e começou a atuar em trabalhos voluntários na área de arte, educação e cultura.

Foi o amor pela arte e o desejo de manter sua criança interna sempre viva que a levou a se dedicar com tanto afinco a essa missão.

É licenciada em Letras pela UESB e está concluindo sua Especialização em História e Cultura Afro-Brasileira, já trabalhou com arte-educação em Vitória da Conquista, sua cidade natal, desenvolvendo também oficinas de leitura e peças de teatro de fantoches na Feira de Livros Infantis do SESC/Conquista de 2001 a 2005. Quando trabalhou no Programa Conquista Criança participou de cursos oferecidos pelo projeto AXÉ de Salvador que a sensibilizou para o trabalho com crianças em situação de vulnerabilidade social.

Em 1996, logo após se formar em magistério, começou a realizar oficinas pedagógicas com crianças e professores e criou o Projeto Oficina de Sonhos e Bonecos que, em Rio de Contas vem desenvolvendo atividade de contação de histórias, capacitação de professores, oficinas de arte, artesanato e identidade para crianças e adolescentes, peças de teatro de fantoches e apresentações culturais na rua, nas praças e nas escolas públicas e na zona rural do município.

Em 2006, como coordenadora desse projeto social, firmou uma parceria com o Pontão de Cultura Grãos de Luz e Griô de Lençóis – BA e o Criança Esperança, para garantir atividades de educação e cultura de tradição oral para crianças e adolescentes de famílias de baixa renda, prioritariamente afro-descendentes. Iniciou-se um trabalho junto às escolas públicas para recriação dos currículos e do mundo político e simbólico dos estudantes, fortalecendo sua identidade, valorizando seus mitos, histórias, Griôs e mestres locais, a fim de contribuir com a construção de uma educação cidadã, elevando a auto-estima da comunidade em geral, promovendo o acesso à História e a cultura, articuladas com políticas e ações de redes e organizações da Bahia.

O Criança Esperança entra com o financiamento de capacitações para professores, material didático para as oficinas, equipamentos, fardamento das crianças e despesas nas caminhadas até as escolas da zona rural e urbana. O Grãos de Luz e Griô, presta toda a assessoria pedagógica na realização do projeto e a Oficina de Sonhos e Bonecos entra com o trabalho voluntário para a realização das atividades. Com essa parceria foram realizados 1 seminário e 2 encontro de capacitação com 40 educadores, coordenadores pedagógicos e líderes de grupos culturais que estão trabalhando com
1500 crianças, adolescentes e jovens. Todos os participantes receberam o livro Pedagogia Griô : a reinvenção da Roda da Vida de Líllian Pacheco coordenadora do Grãos de Luz e Griô.

As oficinas semanais de arte, artesanato e identidade com 40 crianças e adolescentes, que acontecem toda terça e quinta-feira, das 8:30 ás 11:30hs e das 14:30 as 17:30hs, foram abertas com as sopas comunitárias em 5 bairros periféricos de Rio de Contas, evento que mobiliza a comunidade e motiva as crianças a participarem das oficinas, é nesse momento que se faz a inscrição daquelas que desejam entrar na “Casinha dos Sonhos”, um mundo de magia, identidade e aprendizagem, espaço que é mantido também por empresário locais e pessoas da sociedade civil, que têm consciência da sua responsabilidade social. Foi uma dessas pessoas que cedeu o imóvel onde estamos hoje, em troca de algumas reformas e manutenção do espaço, ficamos muito felizes com a atitude, pois, no primeiro semestre de 2008, trabalhamos nas praças ou no teatro municipal, desde que tivemos que entregar a casa onde funcionavam as oficinas em 2007, por que os recursos não eram suficientes para despesas como aluguel, água e luz.

A caminhada da Griô Aprendiz Flávia Pacheco, que conta histórias na pele da Nega do Zofir, se iniciou nas escolas da sede e da zona rural. Ela se dedica ao projeto dois dias por semana, nas suas horas de folga do colégio (horário em anexo), pois como ensina pela manhã e a noite tem as tardes livres e a quinta-feira, que é seu dia de folga.
“O Griô é um guardião do saber popular ou saber tradicional. Através de suas histórias, gestos e atitudes é marcada e propagada a cultura de uma comunidade no que a mesma possua de particular ou universal. Aprendizes, Griôs e Mestres conseguem unir arte e ciência, espiritualidade e alegria, força e mansidão, respeito e ternura. O seu reconhecimento pela comunidade que faz parte evidencia que nele está a essência de muitos saberes e por isso torna-se um guia, uma referência bendita que só se encontra nos grandes sábios.”(Patrícia Pacheco)

Este ano (2008) firmamos uma importante parceria com uma ONG de Rio de Contas a OASIS – Organização Atuante na Saúde e Integração Social, que agora responderá legalmente pela Sonhos e Bonecos, essa parceria nos possibilitou a inscrição em dois editais, o Ação Griô Nacional e para reconhecimento como Ponto de Cultura , no qual já fomos aprovados na 2ª fase com uma ótima pontuação de 81,7%, a sexta melhor da Bahia.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Reinauguração da CASINHA DOS SONHOS!!!



Para todos aqueles que amam a ARTE, a EDUCAÇÃO e a CULTURA e para quem quer ver o sorriso das crianças de Rio de Contas, e dos adultos também, uma MARAVILHOSA notícia!!!

REINAUGURAÇÃO DA CASINHA DOS SONHOS!!! Que será no dia 28 de agosto de 2008 QUINTA-FEIRA!!! Vamos fazer um sopão pra todos que quiserem celebrar essa conquista!

Foi muita batalha dos sonhadores e sonhadoras para deixar tudo em ordem, e já está quase tudo pronto!!!

Hoje (21/08/08) continuamos a pintura e colocamos todo o lixo pra fora, fizemos um caminho de pedrinhas e ficou lindo!

No caminho encontrei Naninha, uma amiga muito querida, que é de Mato Grosso, distrito aqui de Rio de Contas, mas estava morando em Conquista, e agora está aqui na sede, nos ajudou muiiiiito!!! Foi muito bom!!!

Tava lá Sandra, Assinho, Anete (foi de manhã), Nana (foi de tarde), Fabinho (marido de Rosa, assentou a pia e concertou o cano que estourou), Rosa e eu (ficamos o dia todo , com uma pausa para o almoço)QUEREMOS VER LOGO TUDO PRONTO!!!!! Sem falar na criançada que entrava e saía toda hora rsrsrsrrs, Jerônimo, Antônio Marcos, Natalino, ah e Marinho, de Sandra e Alice de Naninha...

O novo espaço que funcionará as oficinas de arte , artesanato e identidade da OFICINA DE SONHOS E BONECOS foi um lugar muito desejado, pensamos, sonhamos muito e agora já é real!!!

Beijão em todossss, Flávia!!!

domingo, 17 de agosto de 2008

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Aprovados para 2a Etapa!

Viva!!! Fomos aprovados na primeira etapa!!!

Isso significa que está tudo certinho com nosso documentos e situação da entidade(no caso a OASISS) perante o Sistema de Informações Gerenciais de Convênios e Contratos (SICON) da Secretaria da Fazenda, FUNCULTURA, FAZCULTURA e Secretaria de Administração da Bahia (SAEB).

Agora vamos para a 2º etapa de seleção e julgamento que consiste na avaliação técnica do projeto.

Estamos todos muuuuito felizes! E agradecidas, sempre!

Dedos cruzadíssimos! :o)

quarta-feira, 16 de julho de 2008

NOVAS PARCERIAS!!!


Eu e Rosa fomos hoje a Livramento, cidade visinha aqui de Rio de Contas, e trouxemos de lá uma importante parceria com a ISMATEC, que vai contribuir muito com a reforma do novo espaço da Casinha dos Sonhos.

Obrigada Carlinhos!

Flávia

terça-feira, 8 de julho de 2008

O SONHO não acabou...



Reforma da NOVA Casinha dos Sonhos!!!

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Edital PONTO DE CULTURA.



QUE CORRERIA!!! MAS DEU TUDO CERTO!!!

Colocamos no correio no prazo a inscrição no Edital PONTO DE CULTURA, eu e Rosa nos dedicamos muito pra que tudo ficasse muito bonito e bem cuidado e tivemos a juda de várias pessoas maravilhosas: Dr Angela Nyffnegger, Dr Noedi (mama de Rosa) e nossa já conhecida colaboradora Graça Salles e muitas outras pessoas que acreditam que podemos fazer um mundo melhor...

A TODOS VOCÊS MUITO OBRIGADA!!!

Agora é esperar o resultado!!!

de dedinhos cruzados, Flávia.

sábado, 28 de junho de 2008

Vôo pelo Brasil...




"Sabiá laranjeira, ouço o teu cantar bem perto
Eu saí te procurando, mas, a noite foi chegando
Eu me perdi no deserto"

Nossos amigos LEANDRO e BELÉM fizeram as oficinas para mostrarem os instrumentos às crianças da Casinha dos Sonhos, e para isso fizeram essa linda história que contaram, cantaram e encantaram a todos.


SABIÁ era um passarinho muito curioso desde pequeno costumava fazer muitas perguntas à sua mãe, as perguntas mais complexas e estranhas.
Ele queria saber de tudo: o que era o sol, as estrelas, quem comeu as flores, de que cor era os peixes, quem habitava nas matas, de onde bebiam água os que moravam no sertão...
Sua mãe, dona Sabiona, contava para ele as histórias fascinantes, mas muitas vezes ficava sem saber o q responder.
Assim foi que quando o SABIÁ cresceu e chegou o tempo de sair do ninho e começar a voar, tomando os próprios rumos, SABIÁ resolveu saciar essa curiosidade toda e viajar para encontrar com seus próprios olhos a respostas que ele tanto procurava.
_ Adeus meu filho... boa viagem!!!
_ Thau mainha , volto logo viu, preocupa não!
_ Tá bom filho, se cuide! Juízo!
_ Fica tranqüila mãe, beijos!
_ Beijos, vai com Deus!
(música)
Assim começou a viajem do SABIÁ, era verão, um verão quente, quente, quente, tão quente que o SABIÁ pensou então:
_ Acho que eu vou conhecer a praia! Ah!Finalmente vou conhecer um camarão, uma lagosta, um polvo...!
(música)
E voando, voando e SABIÁ chegou na praia. Ao chegar encontrou mulheres que cozinhavam em óleo uma massa muito cheirosa, então o SABIÁ morrendo de desejo perguntou a uma gaivota:
_ O que é que essas mulheres estão fazendo?
_Essas ali são as baianas do acarajé, “ta ligado?” Cozinham em óleo de dendê uma massa de feijão, Ah! É gostoso de mais “bhother”!
O SABIÁ sai então a procurar uma migalha de acarajé na beira do mar quando viu um grupo de pessoas que tocavam uns instrumentos bem lindos, berimbau, atabaque e faziam no meio da roda uma espécie de dança e luta...
(som da capoeira)
_ Sem dúvida , isso é capoeira!
A música da roda mudou e no lugar daquela cadência agora o pessoal cantava e dançava...
(samba de roda)
O SABIÁ gostou tanto da praia que decidiu seguir viagem pelo litoral.
Com rumo norte voou uma semana e exausto chegou numa ilha no final da tarde, no horizonte os pescadores voltando nos seus barquinhos, e na beira da praia as mulheres de mãos dadas louvavam a volta dos homens com o alimento.
(ciranda)
Ah! O SABIÁ passou um tempo maravilhoso na praia, nos recifes, fez amizades com ao caranguejos, viu o sol e a lua do mar, viu as baleias migrando e bebeu muita água de coco.
Tuas penas torraram de mais de tanto salitre, e decidiu então empreender viajem m direção a mata.
_Vou tomar um banho de rio e cochilar numa sombra fresca!
(música)
Foram muitos dias de travessia, no meio da viagem um vento inesperado tomou o SABIÁ de surpresa e levou ele até a selva.
Chegou numa comunidade de negros, que descendiam dos antigos africanos, que tinham conseguido fugir da escravidão e fundar a sua própria sociedade livre (batuque)
Ao ver os negros o SABIÁ se lembrou da dona Claudiana, a preta velha que costumava deixar maçã e banana no pau d’arco do quintal para ele a sua família. Lembrou da mãe, do pai, dos irmãos, lembrou também dos amigos e quantos mistérios bonitos que ele tinha pra compartilhar, bateu uma saudade danada no SABIÁ...
_Acho que chegou a hora de voltar para casa.
E aproveitando a corrente do ar, que soprava em direção ao sul, o SABIÁ começou a bater asas rumo ao serrado. Cheiros conhecidos chegavam à ele, abacate, manga, fumaça de candeia saindo das chaminés, do céu se via bonitas casas e as famílias trabalhando na roça ou nos engenhos de farinha
(baião)
As boas-vindas foi uma festa! Eram primos, amigos, irmãos, pais e avós e até alguns curiosos que chegavam para ouvir histórias do viajante, cantaram até altas horas, e a velha Claudiana , contente com tanta música, deixou no pau d’arco maçã e banana e até uns dulcíssimos morangos.





"Sabiá lá na gaiola fez um buraquinho, voou, voou ...
A menina que gostava tanto do bichinho chorou, chorou ...
Sabiá fugiu pro terreiro, foi cantar no abacateiro
A menina pôs-se a chorar: - Vem cá sabiá, vem cá!
A menina diz soluçando: - Sabiá, estou te esperando!
Sabiá responde de lá: - Não chores que eu vou voltar!

OASIS parceira dos SONHOS!!!

terça-feira, 17 de junho de 2008

FACE!


Banda FamíliaGrãos de Luz e Griô no 1º FESTIVAL ANUAL DA CANÇÃO ESTUDANTIL!

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Folha da Chapada!!!


terça-feira, 20 de maio de 2008

II ENCONTRO DE CAPACITAÇÃO NA PEDAGOGIA GRIÔ EM RIO DE CONTAS


"Achei bonito todo povo a conversar
Parar para escutar José Bernardo Pessoa

Que coisa boa todo mundo de perna bamba
Ouvindo o som de ciranda na terra das Alagoas"

Ciranda ensinada por metre Duda do maracatú de Alagoas

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Vanda Machado ...

domingo, 4 de maio de 2008

2ª Capacitação de Educadores na Pedagogia Griô.


sexta-feira, 11 de abril de 2008

Bairro DNOCS: Sopa com costela!!!




Para chegar ao denocs, precisamos de muita sorte
Pegamos carona com Marusa e Paulo nossos amigos muito fortes.

Chegamos na comunidade com muita ansiedade,
não sabia como seria sem balde e sem caldeirão.
Mas, não é que tinha um grupo de jovens e nos fizeram um favorzão?
Estavam eles lá acendendo um fogo pra fazer costela
E a comida já estava na panela.

Fizeram uma fogueira para Sandra fazer a sopa bem faceira.
Flávia e eu achamos de organizar a sopa pra nada faltar.
Pedimos faca, colher e caldeirão, pra nossas amigas Belta , Dailva, Cemar e São.
Qual não foi nossa surpresa, quando os jovens com a mais pura beleza , deixaram a bebida e acostela na mesa,
Pra entrar na roda , e cantar músicas de todas as modas.

Cantara o sapo na lagoa , o bendengó e o Peão bambeando como ele só.
As carinhas mais bonitas estavam então na hora em que contávamos as histórias.
Sonhando cantando e tocando , estavam também amigos de longe,
Sérgio Othanazetra, excelente percurssionista,
Seu Osias mestre fazedor de instrumentos,
Letícia do IRDEB.

Essse povo farreador veio direto de Salvador
Trazer alegria pra esse povo sambador.

Não esquecendo do centro da roda estava o pilão representando nosso povo trabalhando o alimento , pilando, cessando e coando.
Pilão querido e Dona Izabezinha que nos emprestou com tanta alegria e disposição para Sérgio e Gibi tocarem o pilão.

As crianças Rafael ,Marcos , Vitor Luz , Kayslan, Anderson que estava no cavalo branco , como príncipe , que nos receberam de coração a vocês deixamos a nossa mais sincera gratidão.

Assinho que caiu do céu , veio pra nos ajudar e registrar toda nossa roda e nossa sopa.

ROSA GRIÔ