segunda-feira, 18 de abril de 2011

Ministra da Cultura defende Lei Griô



Caminhada com as Griôs aprendizes Flávia Pacheco e Eniele Griô na comunidade da Iuna em Lençóis

A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, defendeu hoje (15) a aprovação de uma lei que garanta a preservação da tradição oral brasileira. O assunto foi debatido durante o Encontro Nacional da Rede Ação Griô, no Palácio Gustavo Capanema, no Rio. Os griôs são pessoas detentoras das histórias de um povo, repassadas oralmente através das gerações.


“Os griôs trazem tradição oral das suas raízes africanas e indígenas que mais influenciaram a cultura popular brasileira. Eles trouxeram por séculos essa tradição e esse conhecimento, passando de pai para filho, e isso tem que ser apoiado. Eles estão propondo uma lei e nós vamos ver como podemos trabalhar juntos”, disse a ministra.


A Lei Griô Nacional foi eleita como uma das 32 prioridades do Ministério da Cultura (MinC), durante a Conferência Nacional de Cultura, realizada em março de 2010. O objetivo é instituir uma política nacional de transmissão de saberes e fazeres de tradição oral.


A aprovação da Lei Griô também foi defendida pela secretária de Cidadania e Diversidade do MinC, Marta Porto. “A lei vai dar estabilidade para os movimentos culturais. No caso dos griôs, é de suma importância, porque a tradição oral não está escrita nem regulamentada, mas exige de nós uma atenção especial em fazer disso uma política de Estado.”


De acordo com a história, os griôs surgiram há 4 mil anos, na Região Sul do Saara africano. Eles eram contadores de histórias ou trovadores que iam de um lugar a outro levando informações registradas apenas na memória, sem qualquer uso da escrita. No Brasil, os griôs ainda existem, principalmente em municípios do interior, ajudando a preservar a cultura popular por meio da oralidade.



Edição: João Carlos Rodrigues

Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/

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