segunda-feira, 26 de setembro de 2011

"O Reino dos Mamulengos"

 Esse nome MAMULENGO  já me atrai de graça, e meu pequeno Bernardo trouxe da escola este livro, passei o fim de semana todo "rodeando" o livro, mas sempre outras coisas me "puxavam". hoje peguei e me permiti deliciar-me com sua leitura, viajei com a história de Severino:
Severino era um rapaz quando resolveu sair pelo mundo em busca de sua sorte. Era especialista em fazer e manipular mamulengos, que aprendeu com o pai, com o avô, com o bisavô, que por sua vez aprendeu com o tataravô. Os bonecos de Severino pareciam pessoas de verdade, tinham feições humanas, se inspirando em seus vizinhos e pessoas que conhecia.
Severino se destacava pelo seu humor e inteligência sem igual, mas sua aparência não mostrava essa sua habilidade. Levava seus cenários, bonecos, instrumentos musicais e ferramentas em sua mala, que vivia caindo por onde ele andava.
Ele nunca tinha paradeiro, sempre viajando pelas cidades em troca de sustento, alimento e pousada para ficar. Sendo assim, as pessoas do lugarejo sentiam falta dele, principalmente as crianças que olhavam suas apresentações.
Então em uma de suas apresentações, conheceu o Reino das Terras Altas e notou um burburinho na praça, foi saber o que era. Estava falando de uma princesa que estava quase morrendo de tristeza, seu pai o rei espalhou proclamas por toda a cidade, dizendo que aquele que conseguisse fazer princesa rir se casaria com ela.
Severino resolveu se candidatar a fazer a moça rir. Mas Severino não sabia ler e quase foi enganado por um rei ciumento, que não queria que sua filha se casasse com o jovem.
Ajudado por seus amigos saltimbancos, Severino aprendeu a ler e a escrever e construiu uma imensa biblioteca para seu povo.

Stela Barbieri nasceu em Araraquara, Brasil. Artista, educadora e autora de muitos livros infantis, publicados por importantes editoras no Brasil e no exterior.

Fernando Vilela nasceu em São Paulo, Brasil. Um premiado autor  e ilustrador com mais de  cinquenta livros publicados por importantes editoras no Brasil e no exterior.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

“O PERFUME, O CIGARRO, A GAROA”


 Nem precisa dizer que a Pró coruja entra em ação novamente, como se não bastasse toda a emoção que essa garota me proporcionou ano passado juntamente com meu também aluno Hugo Trindade com o presente que foi “A MARIONETE”,  ela quer mais, dessa vez de sua autoria   “O PERFUME, O CIGARRO, A GAROA”  um dos premiados no 3º sarau regional do TAL- Tempos de Arte Literária. Cheia de orgulho apresento a vocês a composição poética de minha “pupila” HORTÊNCIA BRITTO








Com os olhos enevoados
e cabelos esvoaçantes
lá se vai a menina, a garota... ou será uma mulher?
 
Lá vai ela...

Se escondendo atrás da fumaça
do seu pequeno cigarro.

Ela ri como se estivesse em um circo,
deve estar rindo da vida,
dos rumos que ela tomou.

Apesar do cigarro,
ela possui um perfume agradável,
que também me faz sorrir.
Com suas roupas e guarda-chuva pretos,
ela se encontra embaixo de uma árvore.
Está garoando...

mas ela parece não se importar.
Ela acende mais um cigarro
e vai embora.

Com olhos enevoados
e cabelos esvoaçantes
ela se vai...

Não sei quem ela é,
nem o que queria,
mas ainda posso sentir o seu perfume,
um odor agradável, de liberdade.
Com olhos enevoados
e cabelos esvoaçantes,

nesse momento categórico que me “encontro”,
mergulho nesse pensamento instigante.
E este perfume...

Se me dão licença, correrei atrás do perfume,
da minha liberdade.